domingo, 31 de março de 2013

31 de Março

Hoje, 31 de março de 2013, celebram-se duas datas marcantes em nossa sociedade. Me refiro à Páscoa de nosso Senhor e ao dia em que o Brasil foi salvo. Sim, ele foi salvo.
Há mais de  40 anos, não só o Brasil como o mundo todo, estavam em grande ebulição. O pós-guerra alterou a estrutura da geopolítica mundial, polarizou-se duas correntes ideológicas, políticas e econômicas. O comunismo e o capitalismo.
Ora, o Brasil não ficou de fora dessa disputa. Um país como essa importância era alvo estratégico para as duas super-potências da época. Internamente, grupos de esquerda e de direita digladiavam-se desde os anos 30, procurando atingir seus respectivos interesses.
O tempo passava, e a escalada vermelha pelo mundo só crescia: Leste europeu, China, Coréia, Indochina, Cuba - o quintal dos EUA.
Em meio a tudo isso, a presidência da república foi assumida pelo discutivelmente lúcido Jânio Quadros, uma boa pessoa, embora alimentasse ideias lunáticas, como invadir o Uruguai ou proibir rinha de galos. Fazendo jus à sua fama, renuncia ao cargo sem nem  completar 1 ano. Imediatamente teria-se que chamar seu vice. Acontece que o vice-presidente estava na República Popular da China de Mao-Tsé. 
Jango, aprendiz de populista - tinha sido ministro de Vargas -, assume a presidência com grandes desconfianças. O desconforto chegou ao ápice no famigerado Comício da Central, no Rio de Janeiro, onde ele anunciava medidas de cunho socialista, como nacionalizar propriedades e empresas. A população saiu às ruas, pedindo alguma intervenção. Importantes setores da sociedade estavam descontentes com o presidente.
O Exército é mobilizado, grande tensão no país inteiro, clima de guerra civil. Jango, acuado, foge para o sul, e de lá para o Uruguai. É empossado interinamente o presidente da câmara, logo após o Congresso nomeia Castelo Branco como presidente. 
E acabou-se. Esse foi o golpe. Não houve sangue derramado, como nas revoluções bolchevique ou cubana. 
O governo militar bateu? Sim, bateu em quem queria derrubá-lo. Derrubá-lo não pela democracia mas para instalar uma ditadura de esquerda. Esses grupos terroristas, que agora estão no poder, eram 1 % da população. O restante era feliz. Era a época de ouro do futebol brasileiro, festivais de musica em vários lugares. MPB, rock'n'roll, cabelos longos, mochila nas costas e pé na estrada. Era o espírito da época. Com tanto para se desfrutar, não havia o menor interesse por quem ocupava o palácio do planalto.
Hoje, a velha esquerda brasileira quer reescrever a história. Eles sofreram, e querem que todos pensem que aqueles foram anos de terror. Pois eles que façam isso. O tempo não volta mais. Só se é jovem uma vez na vida. Tudo é fugaz, e não há nada de novo sob o sol. Os anos 70 foram anos dourados, malucos e felizes.
É por isso que a revolução de John Lennon foi muito mais linda e eficaz que a de Che Guevara.

TITO

Um comentário:

  1. Como dar credibilidade pra um artigo que começa com "a Páscoa de nosso Senhor" se ela, mais do que dele, foi "apropriada" por ele. A Páscoa nada mais é que uma celebração pagã pela chegada da primavera muito mais antiga que a existência de Cristo, e que apenas foi tomada pela Igreja - em época bem posterior à morte deste, já que a Páscoa que ele comemorou nas escrituras ainda era a festa pagã (até pq seria bem estranho ele comemorar sua própria morte e ressurreição quando nem tinha saido das fraldas, não é mesmo?). Então poderia dizer que vcs precisam estudar um pouco mais de história mas...ah, foda-se! Se vocês fossem pessoas com qualquer esperança de salvação não tinham escolhido o jornalismo. Só gostaria então de deixar bem claro que vocês esqueceram o coelho.

    ResponderExcluir